"ACA. Edifício - plataforma da
piscina, balneários e ginásio e Edifício da cafetaria, alojamento e miradouro" Hotel - 2016 |
Location. Vitorino das Donas, Ponte de Lima
Size. 615 M2 Collaboration. Fernando U. Ferrão, architect; Jrtorres - Consultores de Engenharia, Lda (Especialidades); Prof. Dr. Carlos A. Brochado de Almeida (Arqueologia); Raúl Teixeira - Piscinas Type. Private comission Status. Built |
Edifício da piscina e ginásio
O projecto que se propôs foi a construção de raiz de um edifício no qual se localiza a uma cota inferior um andar, com uma entrada independente e no qual se localizam todas as dependências relacionadas com o espaço de ginásio, assim como um espaço técnico de apoio e suporte ao tanque da piscina (a cota superior).
Este edifício consiste mais objetivamente numa plataforma na qual se propõe uma piscina exterior de recreio a uma cota superior e em harmonia e na aproximação com as cotas de chegada/partida dos percursos de acesso à área intervencionada e também na pretensão de estabelecer uma relação física ou espacial entre esta área, e o "edifício" a recuperar e edifícios envolventes (casa principal e sua ala norte, casa dos caseiros), que consiste atualmente mais propriamente numa ruína de um antigo celeiro, e no qual subsistem apenas as suas paredes externas e a cota do pavimento existente a manter (20.72) assim como do lajeado de pedra a adaptar.
Estabelecimento de bebidas e cafetaria. Área de acesso público
Sala de refeições e esplanadas envolventes
A Sala de refeições será um espaço amplamente iluminado e ventilado, pelos diversos vãos de portas envidraçadas e de abrir, e em ambas as frentes daquele espaço, seja para nascente e poente. Esta sala servirá, para além da sua função primeira, a de estar, reunir e permitir o consumo corrente de bebidas e refeições ligeiras, pretende-se que estabeleça uma relação espacial/visual, feita também por meio dos percursos de atravessamento deste espaço, entre as áreas exteriores que lhe estão imediatas, e que são em ambos os lados esplanadas com conceitos e ambientes que se pretendem distintos.
Do lado nascente, fica a mesma cota (2cm diferença) um amplo patamar, que para além de ser a dita esplanada, consiste também no momento espacial de relação e do acesso (enquanto principal acesso) a realizar em direção ao espaço circundante da piscina, a própria piscina a cota ligeiramente inferior (90cm) e depois a partir daí por meio de lanços de escada ao piso inferior do ginásio.
Do lado poente foi previsto de igual forma uma esplanada, mas que ficará dentro de muros existente mais altos do que o lado oposto, e portanto será um espaço de esplanada jardim, menos exposto á paisagem, e será um lugar mais recatado e ambientalmente mais calmo do que o lado nascente e de permanência mais extensiva, com uma insolação menos intensa, e potencialmente para ser usufruído mais no período da tarde e noite. Ambas estas áreas exteriores funcionarão como um prolongamento funcional do serviço do estabelecimento e naturalmente como a projeção da "sala refeições" ao exterior.
Ambas estas áreas exteriores referidas estão acessíveis nos seus topos do lado sul, ao percurso estruturante da proposta e que fará a relação entre o recinto da piscina e o edifício de apoio (celeiro) com o edificado e espaços exteriores envolventes, garantindo-se para além da previsão dos arranjos exteriores propostos, também a sua acessibilidade ao terreiro da casa principal, e depois sucessivamente ao parque de estacionamento existente; ou então em direção oposta à casa dos caseiros ou à ala dos quartos para os hóspedes do hotel rural, já licenciado e em funcionamento.
Unidade Alojamento turístico. Área de acesso público.
1. A ideia de previsão do alojamento turístico nasce da necessidade de garantir a cota parte da rentabilidade e sustentabilidade económica, do investimento implicado na sua obra e proposta, foi também uma forma diferenciadora de fazer a valorização da paisagem, que é possível avistar a partir deste ponto do edifício do celeiro, e portanto dentro do âmbito do hotel rural em funcionamento, pretende-se oferecer, um tipo de alojamento diferenciador, pelo seu enquadramento e por ser distinto dos existentes nas alas e casa principal, enquanto alternativa de oferta para este mercado, assim como poderá ajudar esta diferenciação na promoção, divulgação e geração de valor aumentado, ao hotel na sua globalidade, na forma de oferecer um produto que ficara conotado positivamente com a presença significativa da piscina, cafetaria, paisagem, rio e esplanadas na sua envolvente, tornando a experiência da dormida e permanência mais enriquecedora.
2. Em termos espaciais esta unidade conta com uma sala de estar no topo norte, um arrumo, um hall de entrada e distribuição, um quarto de casal, um espaço de armário e uma instalação sanitária, todos estes espaços cumprem com o disposto na legislação especifica relativa as acessibilidades, assim como estão garantidas a sua ventilação e iluminação natural, por diversos vãos de janelas e portas, que abrem para um espaço semi-exterior reservado a este alojamento e que não é acessível a partir do exterior envolvente, e que conta com dois vãos desobstruídos para nascente e outro zenital, de forma a promover o fluxo de ventilação natural e a chegada do sol às divisões, sobretudo as voltadas ao norte.
Este alojamento contempla ainda a existência de um espaço externo desafogado, exposto ao norte e poente e a paisagem, e que será também uma área de permanência dos hóspedes no exterior, de forma reservada, isto é, protegido visualmente por meio de um muro, que faz a separação com a zona da esplanada poente (portanto uma área de cariz público). Este é também o local por onde se fará o acesso único a este alojamento, primeiro por meio de um portão, e depois para o interior por meio de um vão envidraçado. Este alojamento é unicamente acessível pela circulação/esplanada prevista no lado poente do edifício do celeiro.
Piso 1, Andar da cobertura. Miradouro e solário.
Para o piso da cobertura acessível deste edifício propõe-se uma cobertura plana convencional, na qual ficará implantada pontualmente, para além dos lanços de escada que lhe fazem acesso a partir do nível inferior, ficará a nosso entender justificada, uma área localizada pontualmente na cobertura, e que é salvaguardada por meio de uma guarda periférica, que estabelece-se conjuntamente com o revestimento cerâmico do piso, o espaço para observação da paisagem envolvente, e enquanto espaço de solário, para estar ao sol, prevê-se ainda a introdução de alguns elementos vegetais, como plantas e pequenos arbustos de pequeno porte e em vasos próprios para efeito sobre a gravilha (área não acessível), e na aproximação sem os mesmos recursos do que se pretende uma aproximação a uma cobertura verde.
Foram também previstos ainda dois espaços encerrados, e ventilados por meio de portas em grelhas metálicas, cujas funções serão de cariz técnico, no sentido de se fazer a localização de uma bomba de calor e aparelho de ar condicionado, assim como para arrumação quotidiana do mobiliário e outros objetos que ali marquem presença constante.
Quanto à opção de se propor uma cobertura plana ao invés de uma tradicional, de águas, compreendemos não ser a situação para o caso mais adequada, primeiro por força de opinião do proprietário, e arquiteto encarregado, pelo
facto de se querer diversificar o "estilo" e o valor da construção a realizar, para algo expectávelmente mais contemporâneo, no sentido corrente do termo, mas que na pretensão e no âmbito hotel e dos seus espaços e proprietários; de dar origem naquele ponto a um momento espacial excecional ou especial, que só por si o programa implicado preveria, e que é entendido num sentido de continuidade e de alguma forma de uma perspetiva nostálgica partir das condições existentes.
Foi estudada a situação da cobertura tradicional, em diversas formas, mas fatalmente face a legislação diversa em vigor, por norma o resultado final determinava um enorme impacto volumétrico desta construção frente aos edifícios envolventes, pois ficava com um perfil ou cércea algo elevada, e para além disso cortava algumas perspetivas e enfiamentos existentes que são interessantes de valorizar, e em diversos pontos, sobretudo a partir da casa dos caseiros e a partir da casa principal. Em termos sumários julgamos que o edifício com a cobertura tradicional ficava com uma presença desajustada e algo enaltecida face aos edifícios envolventes e correspondentes valências programáticas.
Neste sentido, por estes motivos e outros mais, uma vez mais julgamos que a melhor resposta era aquela que compreendia a lógica de implantação do edificado existente em relação direta a sua cota de implantação, ou seja na compreensão do declive do terreno na direção do rio, e que deu origem naturalmente a ideia de uma forma que seguisse uma lógica decrescente da implantação e altimetria do edifício a propor ou recuperar. Observamos assim em escala "macro", à distância que estes edifícios do celeiro e piscina deveriam adotar a lógica de duas plataformas, de forma a ganharem o menor impacto visual possível.
Existiu também a justificativa presente, de que a oportunidade a não perder, a nosso ver, no contexto hoteleiro, que seria interessante oferecer ao hóspedes ou aos visitantes exteriores uma outra valência sobre o território e apreciação da paisagem.
O projecto que se propôs foi a construção de raiz de um edifício no qual se localiza a uma cota inferior um andar, com uma entrada independente e no qual se localizam todas as dependências relacionadas com o espaço de ginásio, assim como um espaço técnico de apoio e suporte ao tanque da piscina (a cota superior).
Este edifício consiste mais objetivamente numa plataforma na qual se propõe uma piscina exterior de recreio a uma cota superior e em harmonia e na aproximação com as cotas de chegada/partida dos percursos de acesso à área intervencionada e também na pretensão de estabelecer uma relação física ou espacial entre esta área, e o "edifício" a recuperar e edifícios envolventes (casa principal e sua ala norte, casa dos caseiros), que consiste atualmente mais propriamente numa ruína de um antigo celeiro, e no qual subsistem apenas as suas paredes externas e a cota do pavimento existente a manter (20.72) assim como do lajeado de pedra a adaptar.
Estabelecimento de bebidas e cafetaria. Área de acesso público
Sala de refeições e esplanadas envolventes
A Sala de refeições será um espaço amplamente iluminado e ventilado, pelos diversos vãos de portas envidraçadas e de abrir, e em ambas as frentes daquele espaço, seja para nascente e poente. Esta sala servirá, para além da sua função primeira, a de estar, reunir e permitir o consumo corrente de bebidas e refeições ligeiras, pretende-se que estabeleça uma relação espacial/visual, feita também por meio dos percursos de atravessamento deste espaço, entre as áreas exteriores que lhe estão imediatas, e que são em ambos os lados esplanadas com conceitos e ambientes que se pretendem distintos.
Do lado nascente, fica a mesma cota (2cm diferença) um amplo patamar, que para além de ser a dita esplanada, consiste também no momento espacial de relação e do acesso (enquanto principal acesso) a realizar em direção ao espaço circundante da piscina, a própria piscina a cota ligeiramente inferior (90cm) e depois a partir daí por meio de lanços de escada ao piso inferior do ginásio.
Do lado poente foi previsto de igual forma uma esplanada, mas que ficará dentro de muros existente mais altos do que o lado oposto, e portanto será um espaço de esplanada jardim, menos exposto á paisagem, e será um lugar mais recatado e ambientalmente mais calmo do que o lado nascente e de permanência mais extensiva, com uma insolação menos intensa, e potencialmente para ser usufruído mais no período da tarde e noite. Ambas estas áreas exteriores funcionarão como um prolongamento funcional do serviço do estabelecimento e naturalmente como a projeção da "sala refeições" ao exterior.
Ambas estas áreas exteriores referidas estão acessíveis nos seus topos do lado sul, ao percurso estruturante da proposta e que fará a relação entre o recinto da piscina e o edifício de apoio (celeiro) com o edificado e espaços exteriores envolventes, garantindo-se para além da previsão dos arranjos exteriores propostos, também a sua acessibilidade ao terreiro da casa principal, e depois sucessivamente ao parque de estacionamento existente; ou então em direção oposta à casa dos caseiros ou à ala dos quartos para os hóspedes do hotel rural, já licenciado e em funcionamento.
Unidade Alojamento turístico. Área de acesso público.
1. A ideia de previsão do alojamento turístico nasce da necessidade de garantir a cota parte da rentabilidade e sustentabilidade económica, do investimento implicado na sua obra e proposta, foi também uma forma diferenciadora de fazer a valorização da paisagem, que é possível avistar a partir deste ponto do edifício do celeiro, e portanto dentro do âmbito do hotel rural em funcionamento, pretende-se oferecer, um tipo de alojamento diferenciador, pelo seu enquadramento e por ser distinto dos existentes nas alas e casa principal, enquanto alternativa de oferta para este mercado, assim como poderá ajudar esta diferenciação na promoção, divulgação e geração de valor aumentado, ao hotel na sua globalidade, na forma de oferecer um produto que ficara conotado positivamente com a presença significativa da piscina, cafetaria, paisagem, rio e esplanadas na sua envolvente, tornando a experiência da dormida e permanência mais enriquecedora.
2. Em termos espaciais esta unidade conta com uma sala de estar no topo norte, um arrumo, um hall de entrada e distribuição, um quarto de casal, um espaço de armário e uma instalação sanitária, todos estes espaços cumprem com o disposto na legislação especifica relativa as acessibilidades, assim como estão garantidas a sua ventilação e iluminação natural, por diversos vãos de janelas e portas, que abrem para um espaço semi-exterior reservado a este alojamento e que não é acessível a partir do exterior envolvente, e que conta com dois vãos desobstruídos para nascente e outro zenital, de forma a promover o fluxo de ventilação natural e a chegada do sol às divisões, sobretudo as voltadas ao norte.
Este alojamento contempla ainda a existência de um espaço externo desafogado, exposto ao norte e poente e a paisagem, e que será também uma área de permanência dos hóspedes no exterior, de forma reservada, isto é, protegido visualmente por meio de um muro, que faz a separação com a zona da esplanada poente (portanto uma área de cariz público). Este é também o local por onde se fará o acesso único a este alojamento, primeiro por meio de um portão, e depois para o interior por meio de um vão envidraçado. Este alojamento é unicamente acessível pela circulação/esplanada prevista no lado poente do edifício do celeiro.
Piso 1, Andar da cobertura. Miradouro e solário.
Para o piso da cobertura acessível deste edifício propõe-se uma cobertura plana convencional, na qual ficará implantada pontualmente, para além dos lanços de escada que lhe fazem acesso a partir do nível inferior, ficará a nosso entender justificada, uma área localizada pontualmente na cobertura, e que é salvaguardada por meio de uma guarda periférica, que estabelece-se conjuntamente com o revestimento cerâmico do piso, o espaço para observação da paisagem envolvente, e enquanto espaço de solário, para estar ao sol, prevê-se ainda a introdução de alguns elementos vegetais, como plantas e pequenos arbustos de pequeno porte e em vasos próprios para efeito sobre a gravilha (área não acessível), e na aproximação sem os mesmos recursos do que se pretende uma aproximação a uma cobertura verde.
Foram também previstos ainda dois espaços encerrados, e ventilados por meio de portas em grelhas metálicas, cujas funções serão de cariz técnico, no sentido de se fazer a localização de uma bomba de calor e aparelho de ar condicionado, assim como para arrumação quotidiana do mobiliário e outros objetos que ali marquem presença constante.
Quanto à opção de se propor uma cobertura plana ao invés de uma tradicional, de águas, compreendemos não ser a situação para o caso mais adequada, primeiro por força de opinião do proprietário, e arquiteto encarregado, pelo
facto de se querer diversificar o "estilo" e o valor da construção a realizar, para algo expectávelmente mais contemporâneo, no sentido corrente do termo, mas que na pretensão e no âmbito hotel e dos seus espaços e proprietários; de dar origem naquele ponto a um momento espacial excecional ou especial, que só por si o programa implicado preveria, e que é entendido num sentido de continuidade e de alguma forma de uma perspetiva nostálgica partir das condições existentes.
Foi estudada a situação da cobertura tradicional, em diversas formas, mas fatalmente face a legislação diversa em vigor, por norma o resultado final determinava um enorme impacto volumétrico desta construção frente aos edifícios envolventes, pois ficava com um perfil ou cércea algo elevada, e para além disso cortava algumas perspetivas e enfiamentos existentes que são interessantes de valorizar, e em diversos pontos, sobretudo a partir da casa dos caseiros e a partir da casa principal. Em termos sumários julgamos que o edifício com a cobertura tradicional ficava com uma presença desajustada e algo enaltecida face aos edifícios envolventes e correspondentes valências programáticas.
Neste sentido, por estes motivos e outros mais, uma vez mais julgamos que a melhor resposta era aquela que compreendia a lógica de implantação do edificado existente em relação direta a sua cota de implantação, ou seja na compreensão do declive do terreno na direção do rio, e que deu origem naturalmente a ideia de uma forma que seguisse uma lógica decrescente da implantação e altimetria do edifício a propor ou recuperar. Observamos assim em escala "macro", à distância que estes edifícios do celeiro e piscina deveriam adotar a lógica de duas plataformas, de forma a ganharem o menor impacto visual possível.
Existiu também a justificativa presente, de que a oportunidade a não perder, a nosso ver, no contexto hoteleiro, que seria interessante oferecer ao hóspedes ou aos visitantes exteriores uma outra valência sobre o território e apreciação da paisagem.