PFS. Habitação unifamiliar
Location. Vila de Prado, Vila verde
Size. 400 M2
Collaboration. Fernando U. Ferrão
Type. Private comission
Status. Unbuilt
Size. 400 M2
Collaboration. Fernando U. Ferrão
Type. Private comission
Status. Unbuilt
A proposta segue a lógica do volume isolado e circundado por área ajardinada, tratou-se de desenvolver um volume habitacional no sentido longitudinal e em dois pisos.
O projecto pretendeu corresponder às expectativas e programa definido pelo dono de obra. Pretendiam uma casa que se desenvolve-se praticamente num piso e no qual se desenvolvessem os espaços nucleares da habitação ( piso superior) e também que estes tivessem uma relação franca com o espaço exterior, assim como usufruíssem de boa insolação, assim como dotar o espaço exterior de área ajardinada e uma piscina.
Quanto ao conceito formal o projecto define-se por uma linguagem arquitetónica que pretende valorizar a estrutura do edifício e torná-la aparente, de forma a retirar partido plástico do seu caracter estereotómico, e que foi nesta proposta exacerbado em jeito de brise-soleil. Esta circunstância adotada permitiu definir um involucro externo da habitação, assim como delimitar o espaço exterior central e piscina, que se julgou necessário encerrar parcialmente no sentido de conferir privacidade, de eventual visibilidade exterior a partir da envolvente.
A adopção de uma lógica estruturalista enquanto engradado permitiu fazer a animação dos alçados com jogos de luz e sombra, assim como regular a lógica interna e externa da construção. Esta intenção genérica pretendeu muscular, unificar e tensionar o edifício e a ancorá-lo mais expressivamente ao solo. Assim como, fazer a diferenciação entre dois níveis de perceção, o primeiro que é a estrutura, vista enquanto involucro ou caixa perfurada, e o segundo que é o volume habitacional, entendido pelo seu interior e exterior, enquanto, e em sentido figurado, como uma “caixa dentro da caixa”.
Quanto ao programa estabelecido para a habitação, a referir que se desenvolve longitudinalmente. O acesso principal do terreno faz-se a partir de uma patamar de chegada localizado no extremo Sul/ nascente. Esta área serve para o acesso automóvel e pedonal, permitindo a realização de cargas e descargas e é uma área exterior a partir da qual se determinou o acesso ao interior da habitação e pelo seu alçado nascente.
A habitação é acessível primeiramente por um espaço exterior coberto, junto da porta e vestíbulo de entrada e seguidamente já no interior até ao hall de entrada. O hall de entrada permitiu fazer a articulação entre as divisões e circuitos internos. No sentido norte/ nascente, acedemos ao espaço da sala comum, que para além de permitir pelo seu atravessamento permitir a acessibilidade à área privativa dos quartos e sua circulação, contém ainda um lanço de escada, que faz a relação deste espaço e piso, com o piso inferior e sobre o qual se fará menção seguidamente.
Na zona dos quartos, faz se notar que o ultimo quarto, situado no extremo norte é composto por uma instalação sanitária, área de vestir e quarto duplo ou casal, seguidamente e no sentido norte sul, estão posicionados mais dois quartos individuais, intercalados ao centro por uma instalação sanitária de apoio a ambos. Todos os quartos descritos estão orientados a poente, assim como as restantes divisões, a sala e a cozinha, com excepção para a lavandaria, despensa, hall de entrada, instalação sanitária de visitas, vestíbulo de entrada; divisões que ficam orientadas para nascente ou são espaços interiores ventilados.
Remetendo ao hall de entrada, novamente, faz sentido referir ainda que este faz a ligação a um outro sector da casa, no qual ficam organizadas as divisões de serviço, circunstância ditada pela maior facilidade de acesso e proximidade à zona de entrada. A zona de serviço é composta principalmente pela área da cozinha e divisões dependentes, como a despensa, lavandaria, espaço de refeições e copa (relaciona a cozinha com o espaço de refeições na sala).
Agora em referência ao espaço exterior da casa, começaremos por descrever aquele que fica organizado de forma frontal e centralizado, e que é considerado o espaço principal da casa. Este espaço foi pensado enquanto area arrelvada, no sentido de ser uma area perméavel, e que pode ser ajardinado (com arbustos ou arvores) e no qual se incluiu uma piscina. Para este espaço estão abertas todas as divisões relevantes da casa (sociais ou privativas), funciona como área congregadora e denominador comum de toda a vivencia da casa, sobretudo por constituir de extensão do interior ao exterior. No restante espaço exterior, aquele que fica circundante ao edificio da habitação, aqueles espaços foram pensados como espaços de enquadramento verde ou ajardinado e para os quais se propôs em ambos os lados, nascente e poente, fazer a plantação de uma cortina de arvores no sentido de absorver e cortar a relação visual com as casas vizinhas.
O piso inferior é também acessível pela garagem, que tem uma área exterior no qual existe um patamar de apoio, seja para a garagem e tarefas eventuais ou enquanto espaço recreativo e polivalente, podendo servir para outros fins como jogos, entre outras tarefas ao ar livre. A divisão da garagem conta ainda com um arrumo de apoio. Depois no sentido norte sul, e atravessando a garagem podemos aceder a um hall de distribuição, que relaciona o piso inferior com o piso superior acessível por intermédio de um lanço de escada. Neste hall podemos ainda aceder a uma instalação sanitária e depois para sul para um espaço polivalente, que pode ser utilizado conforme conveniência, enquanto sala de jogos, escritório, ou até como quarto. Este espaço tem como extensão para o exterior um pátio com iluminação e ventilação zenital.